"Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador: o poeta pode contar ou cantar coisas não como foram, mas como deveriam ter sido, enquanto o historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido mas como foram, sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja."
Miguel de Cervantes

Até que apareceu uma Comissão de Doutores - os quais, por mais que esfregassem os nossos quatro amigos, viram que não adiantava. E perguntaram se aquilo era de nascença ou se...
_ Mas nós não nascemos - interrompeu o cachorro - Nós fomos inventados."
Mário Quintana
A leitura dos textos acima, nos permite esclarecer a diferença fundamental entre um texto literário e um texto não-literário.
O que Miguel de Cervantes afirma sobre o poeta (TEXTO A), vale também para o romancista, o contista, o novelista, o cineasta, enfim, para qualquer artista que tem a "liberdade" para criar , inventar, reinventar a realidade. Ou seja, ele não tem compromisso de prender-se à realidade concreta.
Já o que o autor diz a respeito do historiador (TEXTO B), vale também para o cientista, o jornalista, o pesquisador, que trabalham com fatos reais, documentados, fatos que envolvem pessoas que moram em determinado lugar, que sofrem, amam etc.
(FARACO & MOURA, Língua e Literatura. Ed.Ática, 1995.)
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